Nº 351

PALAVRA

primeira página



Lá em casa existia um livro que era tratado com todo o cuidado. Estava num lugar de destaque e central da casa, aquele canto era como se fosse o centro de tudo, todos ao passar olhavam para lá como que num respeitoso cumprimento fazendo uma pequena vénia.
Ao aproximarem-se dele, hesitavam antes de lhe tocarem, parecia que escondia um segredo ou então um mistério. Era reservado aos mais velhos e principalmente ao pai. Ele podia abri-lo, acariciar as suas páginas, ficar como que suspenso quando o lia, o seu ar de mistério dizia que aquele livro era muito precioso. Ficava como que em meditação saboreando as suas palavras. Todos perguntavam o que é que tinha aquele livro para ele ficar assim.
A mãe é que limpava o pó que porventura ousava poisar sobre aquele livro. Passava o pano tão de mansinho sobre as suas capas, levantava-o com muito cuidado, limpava a mesa, voltava a poisar o livro e ajeitava as flores do vaso que davam um certo ar de beleza àquele canto da casa já tão especial pelo livro que era estimado por todos, embora sem saberem porquê. Talvez tivesse sido de um antepassado importante da família! Ou uma herança memorável para o pai ou para a mãe! Ninguém sabia e ninguém se atrevia a perguntar tal era a estima que se tinha pelo livro. Diria, mesmo, uma veneração.
Cheio de curiosidade e por ser o mais pequenino lá de casa, assim como quem vai cometer uma travessura, muito às escondidas, fui tocar no livro. Fiz como o pai. Peguei nele com muito respeito e vi que era muito pesado. Abri muito de mansinho e reparei nos seus desenhos ilustrados e parecia ter pinturas a ouro que transmitiam simpatia, harmonia e segurança. Pensei que não poderiam ser figuras desta terra, tal era o modo que estavam, mais pareciam ser de um conto que às vezes ouvia.
Ganhei coragem e comecei a ler, lia-o com o mesmo ar de respeito do meu pai, com o mesmo carinho de minha mãe e comecei a ficar também suspenso na minha leitura. Todos os dias lá ia à hora em que menos se passava pelo quarto importante, e procurava ler um pouco mais. Comecei a perceber que ele falava de um Deus que muito amava um povo e que naquele povo amava todos os povos da terra. Um Deus que é Pai e amigo, companheiro de viagem, que não deixa de amparar mesmo quando se esqueciam d’Ele, um Pai que deixa todos livres e mesmo quando é abandonado, esquecido e maltratado está sempre pronto a perdoar e a fazer festa. Também percebi que por amor enviou o Seu Filho que fez sempre o bem, que ensinou coisas que dão imensa alegria e felicidade quando ficamos a pensar nelas.
Percebi que aquele livro quando é lido e meditado dá um novo vigor e a nossa vida fica muito melhor, então ganhei coragem e procurei dizer a todos que afinal o pai e a mãe eram tão bons porque liam o livro e viviam o que dizia lá no livro. Todos começamos a ler e a querer viver como eles. Agora O LIVRO é lido não só pelo pai e acariciado pela mãe mas por toda a família e a todos faz felizes. Reparei que o seu nome é BÍBLIA SAGRADA.

pe. Manuel santos

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM

tema



A liturgia do 30º domingo Comum diz-nos, de forma clara e inquestionável, que o amor está no centro da experiência cristã. O que Deus pede – ou antes, o que Deus exige – a cada crente, é que deixe o seu coração ser submergido pelo amor.

O Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a revelação de Deus se resume no amor – amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã.

A primeira leitura garante-nos que Deus não aceita a perpetuação de situações intoleráveis de injustiça, de arbitrariedade, de opressão, de desrespeito pelos direitos e pela dignidade dos mais pobres e dos mais débeis. A título de exemplo, a leitura fala da situação dos estrangeiros, dos órfãos, das viúvas e dos pobres vítimas da especulação dos usurários: qualquer injustiça ou arbitrariedade praticada contra um irmão mais pobre ou mais débil é um crime grave contra Deus, que nos afasta da comunhão com Deus e nos coloca fora da órbita da Aliança.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã (da cidade grega de Tessalónica) que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor e do dom da vida; e esse percurso — cumprido na alegria e na dor — tornou-se semente de fé e de amor, que deu frutos em outras comunidades cristãs do mundo grego. Dessa experiência comum, nasceu uma imensa família de irmãos, unida à volta do Evangelho e espalhada por todo o mundo grego.

(Dehonianos)

APAIXONA-TE

para meditar



“Não há nada mais prático
do que encontrar Deus;
ou seja, apaixonar-se por Ele de um modo absoluto, até ao fim.

Aquilo pelo qual estás apaixonado
agarra a tua imaginação
e acaba por ir deixando a sua marca em tudo.

Determinará
o que te faz sair da cama cada manhã,
o que fazes com as tuas tardes,
como passas os teus fins-de-semana,
o que lês,
o que conheces,
o que te faz sentir o coração desfeito,
e o que te faz transbordar de alegria e gratidão.

Apaixona-te! Permanece no amor!
Tudo passará a ser diferente”.

Pedro Arrupe, sj

O TRABALHO HUMANO

conto 229



Um sábio, acompanhado do seu discípulo, passou junto de uma casinha pobre. Nela morava um casal com vários filhos. Todos pálidos e a olhar uns para os outros, sem nada fazer. Perguntou-lhes:
- De que é que viveis?
O pai respondeu:
- Contentamo-nos com o que a nossa vaquinha nos vai dando.
O sábio continuou o seu caminho e passou junto da tal vaquinha, que pastava junto de um precipício. Disse ao discípulo:
- Empurra a vaca para o precipício!
Ele, apesar de contrariado assim fez.
Ficou tão impressionado com a crueldade do sábio que algum tempo depois, foi visitar essa família.
Ficou surpreendido ao ver que essa família agora tinha uma boa casa, estavam todos bem alimentados e bem vestidos, e pareciam felizes. Perguntou-lhes:
- Como conseguis viver actualmente tão bem?
O chefe de família respondeu:
- De facto, outrora éramos pobres e vivíamos apenas graças a uma vaquinha. Quando ficamos sem ela, decidimos puxar pela imaginação, arregaçar as mangas e trabalhar. Descobrimos que tínhamos muitas capacidades.

In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira


NÚCLEO DA MENSAGEM DE FÁTIMA

Na próxima quinta-feira pelas 20:30 horas haverá reunião com o Núcleo da Mensagem de Fátima da Ribeira Seca, na sala de trabalhos da paróquia.

MÊS DAS ALMAS

Durante o mês de Novembro, conhecido por “mês das almas”, haverá missa na Igreja da Ribeira Seca às 8:00 horas como é costume. O peditório será feito como nos últimos anos.

No dia dois de Novembro, dia de fiéis defuntos, nas paróquias de Manadas, Biscoitos e Ribeira Seca após a Eucaristia será feita uma oração no cemitério.

LANÇAMENTO DE LIVRO

No dia 27 de Outubro pelas 19:30, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Calheta, vai ser “lançado” o livro Imagens Antigas da Calheta da autoria de Carlos Alberto Noronha, estando toda a população convidada para o evento.

VITAPHARMA

Abriu na Relvinha um estabelecimento de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, além de outras especialidades destinadas à terceira idade e ao universo infantil.


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Agenda Pastoral

Destaque

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Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

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