Nº 352

A FOTOGRAFIA

primeira página


Fui ao lançamento do livro “Imagens Antigas da Vila da Calheta” e gostei de ouvir o apresentador a expor as várias formas com que se podia “ler” o livro que tínhamos entre mãos. Fê-lo com uma vivacidade e com uma alegria tal que me envolveu na sua explicação e, mais do que isso, pareceu-me ver movimento naquelas velhas fotografias que falam da vida de um povo. Aquelas gentes com os seus afazeres, transportes, sofrimentos, calamidades, festas e com o seu lazer.
Pareceu-me ver o barco a chegar, as pessoas a reencontrarem-se num abraço de saudade, as bagagens com malas caixotes e encomendas, a procura dos familiares e amigos, a alegria da chegada.
O orador lá foi dizendo que cada fotografia continha muitas páginas de história, sentimentos e preocupações.
Na verdade, quantas vezes nos vemos a pegar nos álbuns e a observar as fotografias que nos falam de momentos especiais das nossas vidas e daqueles que fazem ou fizeram parte da nossa vida.
Neste mês de Novembro começamos por ter a Festa de Todos os Santos e o dia de Fiéis Defuntos, há alguns anos atrás era chamado o “mês das almas” e havia grande afluência à missa que era celebrada durante todo o mês, de preferência logo de manhã.
Hoje já não é bem assim mas não deixa de ser importante uma reflexão, mesmo que breve, sobre o assunto.
Os santos têm um pouco a função da tal fotografia. Servem para nos lembrar que na diversidade da vida que levamos devemos ser santos. Por isso encontramos santos que foram mártires, confessores, homens, mulheres, pais, mães, crianças… eles tiveram alegrias e tristezas, lutas, derrotas e conquistas, até duvidas na fé, como nós também temos.
Então ao pensar e olhar para os santos devo pôr a pergunta: se eles foram assim, porque não eu? Se eles tiveram as mesmas fragilidades e viveram no amor e do Amor, também eu o posso viver. Eles são um convite a deixar uma vida de mediocridade e a viver uma vida de dedicação e entrega por amor ao próximo porque um amor não vai sem o outro, ou seja, o amor a Deus passa pelo amor ao próximo.
Os santos são «aquela multidão que ninguém pode contar» como diz o livro do Apocalipse, são santos escondidos, conhecidos apenas dos poucos que com eles viveram. Quem sabe? O pai, a mãe, um irmão, um amigo que temos e sabemos que está a viver plenamente o amor junto de Deus Pai e nesse amor, também, eu sou envolvido porque o amor é comunhão e comunicação.

Pe. Manuel Santos

XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM

tema


A liturgia da Comemoração dos Fiéis Defuntos convida-nos a descobrir que o projecto de Deus para o homem é um projecto de vida. No horizonte final do homem não está a morte, o fracasso, o nada, mas está a comunhão com Deus, a realização plena do homem, a felicidade definitiva, a vida eterna.

No Evangelho, Jesus deixa claro que o objectivo final da sua missão é dar aos homens o “pão” que conduz à vida eterna. Para aceder a essa vida, os discípulos são convidados a “comer a carne” e a “beber o sangue” de Jesus – isto é, a aderir à sua pessoa, a assimilar o seu projecto, a interiorizar a sua proposta. A Eucaristia cristã (o “comer a carne” e beber o sangue” de Jesus) é, ao longo da nossa caminhada pela terra, um momento privilegiado de encontro e de compromisso com essa vida nova e definitiva que Jesus veio oferecer.

Na segunda leitura, Paulo garante aos cristãos de Tessalónica que Cristo virá de novo, um dia, para concluir a história humana e para inaugurar a realidade do mundo definitivo; todo aquele que tiver aderido a Jesus e se tiver identificado com Ele irá ao encontro do Senhor e permanecerá com Ele para sempre.

Na primeira leitura, Isaías anuncia e descreve o “banquete” que Deus, um dia, vai oferecer a todos os Povos. Com imagens muito sugestivas, o profeta sugere que o fim último da caminhada do homem é o “sentar-se à mesa” de Deus, o partilhar a vida de Deus, o fazer parte da família de Deus. Dessa comunhão com Deus resultará, para o homem, a felicidade total, a vida definitiva.

(Dehonianos)

QUERO QUE SAIBAS...

para meditar


“Quero que saibas que cada vez que me convidas, eu venho sempre, sem falta. Venho em silêncio e de forma invisível, mas com um poder e um amor que não acabam.
Não há nada na tua vida que não tenha importância para mim. Sei o que existe no teu coração, conheço a tua solidão e todas as tuas feridas, as tuas rejeições e humilhações. Eu suportei tudo isto por causa de ti, para que pudesses partilhar a minha força e a minha vitória. Conheço, sobretudo, a tua necessidade de amor.
Nunca duvides da minha misericórdia, do meu desejo de te perdoar, do meu desejo de te bendizer e viver a minha vida em ti, e que te aceito sem me importar com o que tenhas feito. Se te sentes com pouco valor aos olhos do mundo, não importa.
Não há ninguém que me interesse mais no mundo do que tu.
Confia em mim. Pede-me todos os dias que entre e que me encarregue da tua vida e eu o farei. A única coisa que te peço é que confies plenamente em mim. Eu farei o resto.
Tudo o que procuraste fora de mim só te deixou ainda mais vazio. Portanto, não te prendas às coisas passageiras. Mas, sobretudo, não te afastes de mim quando caíres. Vem a mim sem demora, porque quando me dás os teus pecados, dás-me a alegria de ser o teu Salvador. Não há nada que eu não possa perdoar.
Não importa o quanto tenhas andado sem rumo, não importa quantas vezes te esqueceste de mim, não importa quantas cruzes levas na tua vida.
Tu já experimentaste muitas coisas, no teu desejo de seres feliz. Porque é que não experimentas abrir-me o teu coração, agora mesmo, mais do que antes?”

Madre Teresa de Calcutá

O HORIZONTE

conto 230


Uma vez, uma pessoa bateu à porta do Céu e disse a São Pedro:
- Quero falar com Deus.
S. Pedro perguntou-lhe:
- Tem mesmo de falar com o próprio Deus?
Ele respondeu:
- Sim, é um assunto que tem apenas a ver com Ele, pois é directamente relacionado com a obra da Criação.
S. Pedro mandou-o então entrar na sala de visitas do Céu. Deus que está sempre presente para escutar todas as pessoas do universo inteiro, veio imediatamente atender essa visita. Depois das saudações iniciais, Deus perguntou:
- Que deseja?
Essa pessoa respondeu:
- Senhor Deus, Criador de todas as coisas, a Criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem a sua razão de ser. Por isso, mereces todo o louvor das criaturas. Contudo…
Deus, admirado, interrompeu:
- Contudo o quê? Que queres tu dizer com isso?
O indivíduo continuou:
- Segundo o meu ponto de vida, há uma coisa que não serve para nada.
Deus perguntou-lhe:
- E que coisa é essa que não serve para nada?
A pessoa respondeu:
- É o horizonte. Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direcção ao horizonte, ele afasta-se um passo de mim. Se caminho dez passos, ele afasta-se outros dez passos. Se caminho quilómetros em direcção ao horizonte, ele afasta-se os mesmos quilómetros de mim… Isso não faz sentido! Na minha modesta opinião, ele não serve para nada.
Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:
- É justamente para isso que serve o horizonte… Para fazer a pessoa caminhar.

In CONTOS+MENSAGENS de Pedrosa Ferreira


INFORMAÇÕES


REUNIÃO DE CATEQUISTAS


Na próxima segunda feira, dia 3 de Novembro, haverá reunião de catequistas na Ribeira Seca às 20 horas e na quinta feita dia 6 de Novembro nas Manadas às 19 horas.

EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO


Na proxima sexta-feria haverá exposição do Santissimo na Calheta e na Ribeira Seca a partir das 17 horas.

FESTA DE SÃO MARTINHO NAS MANADAS


O agrupamento de escuteiros 1325 das Manadas organiza no sábado dia 8 de Novembro, pelas 20horas, na Sociedade Filarmónica Recreio Terreirense, um jantar e baile regional em honra de São Martinho com vista à angariação de fundos para o agrupamento. Os interessados deverão fazer previamente a sua reserva.

FESTA DE SÃO MARTINHO NA CALHETA


O grupo de escoteiros 121 da Calheta estará na sexta feira, dia 7 de Novembro, a partir das 18horas e no Sábado, dia 9 de Novembro, a partir das 9 horas, junto à Casa do Povo da Calheta a comemorar o São Martinho com a venda de castanhas.


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Agenda Pastoral

Destaque

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Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

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