Nº 364

CARTA A PAULO (APÓSTOLO)

primeira página

A Graça e a Paz de Deus nosso Pai, de Jesus Cristo Nosso Senhor, estejam com todos vós irmãos.
Neste dia da tua conversão, Paulo, gostaria de te felicitar pelo teu exemplo e carisma. Muitas vezes penso em ti e não consigo imaginar-te parado e em silêncio. Parece que tudo em ti corre muito depressa, que tens sempre muito que fazer e não foste feito para a passividade e apatia. Gosto muito do teu exemplo mas, também, admiro as tuas “cartas” que demonstram tanto carinho e dedicação às tuas comunidades. Vejo que as trazes sempre no teu coração.
Bem, Paulo, nesta minha carta também te quero expressar a inquietação que senti durante esta semana que agora está a findar. Vou tentar pegar um pouco na tua coragem, não tanto na tua sabedoria, e dedicar algumas palavras a estas comunidades que vivem acontecimentos que nos falam no nosso bom Deus.
É difícil dizer como estes acontecimentos levam o sinal de Deus. Ao terminar de estar perante uma multidão que acompanhava o “absurdo” que atingiu uma família inteira e, entre eles, uma criança. Recolhi-me a pensar que deveria ter dito que Deus nos ama muito. Deveria ter falado da fragilidade humana. Dos sonhos e projectos que, certamente, ficaram por realizar. Poderia ter dito que ninguém sabe o dia nem a hora por isso, devemos estar sempre preparados. Que esta é uma boa lição para aprendermos a verdade sobre a Vida que vale a pena. Falar da bondade e amizade que devemos cultivar…
Tantas e tantas coisas que ficaram por dizer mas faltou-me a tua ousadia e sabedoria Apóstolo Paulo. Ocorreu-me o texto de outro grande homem, Agostinho que escreveu: “Se conhecesses o mistério imenso do Céu onde agora vivo, este horizonte sem fim, esta luz que tudo reveste e penetra, não chorarias, se me amas! Estou já absorvido no encanto de Deus na sua infindável beleza. Permanece em mim o teu amor, uma enorme ternura que nem tu consegues imaginar. Vivo numa alegria puríssima. Nas angústias do tempo, pensa nesta casa onde um dia estaremos reunidos para além da morte, matando a sede na fonte inesgotável da alegria e do amor infinito. Não chores, se verdadeiramente me amas!”. Mas nem isto fui capaz de dizer.
Também te quero dar a conhecer a ordenação de Diácono do jovem Hélio Nuno que é no dia do teu grande encontro com o Ressuscitado. Nós costumamos dizer que foi a tua conversão, mas sabemos que ela é de todos os dias, é permanente.
É um dia cheio de alegria para este jovem, para os seus colegas que com ele partilham este acontecimento, para os formadores, familiares e esta ilha que se irmana nos acontecimentos que nos aproximam nas alegrias e nas esperanças desta vida.
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito, irmãos. Ámen.
Pe. Manuel Santos

FESTA CONVERSÃO SÃO PAULO

tema

Neste Ano Paulino, ao celebrarmos o bimilenário do nascimento de Paulo de Tarso, somos convidados a redescobrir o apóstolo das gentes. A Festa da Conversão de São Paulo pode ser um momento privilegiado para nos encontrarmos com a sua pessoa, o seu testemunho, a sua teologia e para nos deixarmos guiar por ele nos caminhos do encontro com Cristo e do anúncio do Evangelho.

Na primeira leitura, o próprio Paulo descreve aos judeus reunidos junto da Torre Antónia, em Jerusalém, a sua experiência de encontro com Cristo, vivo e ressuscitado, na estrada para Damasco. Foi esse encontro que o levou a reequacionar a sua existência e a escolher Cristo, sem condições.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a não absolutizar as realidades terrenas e a apostar tudo nas realidades eternas. O mais importante, para o cristão, deve ser o seguimento de Cristo e a adesão ao Reino. Foi exactamente isso que o próprio Paulo fez.

No Evangelho, é Cristo que, despedindo-se dos seus discípulos, antes de reentrar na glória do Pai, os envia ao mundo inteiro, a proclamar o Evangelho “a toda a criatura”. Quem descobre Cristo e a sua proposta de salvação, não pode guardar para si esse tesouro, mas tem de testemunhá-lo diante dos outros irmãos e irmãs. Paulo de Tarso percebeu esta exigência e levou-a tão a sério, que foi chamado “o apóstolo das gentes”.

(Dehonianos)

56º DIA MUNDIAL DO LEPROSO

para meditar

Celebra-se neste Domingo, 25 de Janeiro, o 56º Dia Mundial do Leproso.
É um dia em que a comunidade mundial deve reflectir sobre estes a quem Raoul Follereau chamava de: “os mais pobres dos pobres”.
“A Lepra é uma doença infecciosa crónica, caracterizada por um largo período de incubação (vários anos), que se manifesta sobre todo o sistema nervoso periférico e sobre a pele. Afecta uma reduzida proporção de indivíduos “susceptíveis” e apresenta um espectro clínico muito amplo conforme a resposta imunológica de cada paciente.
O bacilo responsável pela doença foi identificado em 1873, pelo médico norueguês, Dr. G.H.Armauer Hansen e, até à actualidade, não foi possível cultivá-lo artificialmente, pelo que não existe uma vacina eficaz para a sua prevenção.
Considerada como castigo divino desde os tempos bíblicos, a Lepra tem sido motivo de exclusão e isolamento social para milhões de pessoas que a têm sofrido, e continua, em parte, a ser assim nos nossos dias.
Na verdade, grande número de pessoas sofre os efeitos da doença, da marginalização e da fome, devido à pobreza, à indiferença e ao abandono.
Actualmente existe tratamento e cura para a doença, mas as carências económicas, a miséria e a ignorância impedem os doentes de disporem dos meios necessários para o efeito.
Apesar dos esforços dos serviços oficiais e do empenho de muitas O.N.G.s, promoverem o tratamento e cura de largos milhares de Leprosos em cada ano, a pobreza, a fome e a falta de higiene fazem aparecer anualmente cerca de 400/500 mil novos casos de Lepra, dos quais 10% são crianças e jovens, em vários países onde a doença é endémica”.

MÃOS ABERTAS

conto 239

Uma vez, uma jovem estava prestes a casar-se. Foi passear com a mãe para a praia. Contemplavam a imensidão do mar, as ondas a formarem-se e a quebrarem-se na areia do mar, a música suave das águas sempre em movimento. Entretanto, iam passeando no areal.
A certo momento, falou-se do seu próximo casamento.
Ela perguntou então à mãe:
- Mãe, que devo fazer para que o meu marido nunca me abandone e me ame cada vez mais?
A mãe nada respondeu. Apenas se inclinou e encheu de areia cada uma das duas mãos e mostrou-as à sua filha.
Sem dizer palavra, apertou os dedos de uma mão de cada vez com mais força, até que toda a areia se esvaiu caindo ao chão Quanto mais apertava a areia, mais a areia caía. Quando, finalmente, abriu a mão, apenas alguns grãos colados à palma da mão.
Disse:
- Viste o que aconteceu à areia? Desapareceu.
Mas a mãe tinha mantido a outra mão aberta como uma concha. Os grãos de areia mantinham-se todos e cintilavam à luz do sol. Disse então:
- Vistes agora o que aconteceu à areia. Manteve-se toda na mão Assim deves proceder com o teu marido. Nunca feches as mãos ao teu marido.
A filha perguntou:
- O que é que isso significa?
A mãe explicou:
- Não feches as mãos para as teres abertas para o acariciar, o ajudar, para lhe perdoar...

In TOMA E LÊ de Pedrosa Ferreira

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INFORMAÇÕES

PRÉ SEMINARIO DE SÃO JORGE

O Pré Seminário é uma oportunidade que a nossa ouvidoria oferece aos adolescentes e jovens para estudar e discernir a vocação ao sacerdócio. Haverá um encontro mensal que terá momentos de convívio, reflexão e oração. Os participantes têm a oportunidade de descobrir se a sua vocação é ou não a de ser padre diocesano.
O primeiro encontro do Pré Seminário de São Jorge, será no dia 14 de Fevereiro, na Ribeira Seca, das 10h00 às 16h00. Para mais informações consulte o site preseminariosj.blogs.sapo.pt.

RECEITAS DA PARÓQUIA DA URZELINA

O Cortejo de oferendas, na Urzelina, rendeu 2.876,00€ e o culto teve uma receita de 4.926,00€. A comissão da Igreja agradece a colaboração de todos.

REUNIÕES NA RIBEIRA SECA

Segunda Feira, dia 26 às 20 horas - Catequistas
Terça Feira, dia 27, às 16 horas - LIAM e às 20 horas - Movimento da Mensagem de Fátima.

REUNIÕES NAS MANADAS

Quinta Feira, dia 29 às 20 horas - Catequistas
Sexta Feira, dia 30 às 20 horas - Chefes de Escuteiros 1325

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