Nº 344

VOLTAR AO TRABALHO

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Nos primeiros dias de Setembro acabam as férias e retomamos os nossos trabalhos. As escolas abrem as suas portas, as instituições e empresas, embora não tenham feito férias, começam os trabalhos com mais vigor, é a vida pujante de uma sociedade que se quer saudável e rica que emerge de novo.
Há que fazer planos: programar os trabalhos com os seus horários, procurar os espaços adequados, os materiais mais apropriados e, com entusiasmo e animo, abraçar as nossas actividades.
Contamos com o empenho e boa vontade de todos, não se pode cruzar os braços ou demitirmo-nos das obrigações individuais e colectivas. Todos temos o nosso lugar e as nossas funções. Quem se afastar ou não cumprir empobrece a comunidade e a sua própria vida. Também não se deve querer o mínimo ou equiparar as vidas ou sociedades dizendo: «Os outros também não fazem!»; «São piores que eu!»; «Estudam menos que eu!» e muitas outras expressões que ouvimos dizer para justificar a falta de empenho e a preguiça. A medida de cada um não deve ser os outros mas sim, reconhecermos as nossas capacidades e qualidades para as utilizarmos para o bem próprio e dos outros.
O cristão tem a palavra de Jesus que disse: «Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.» Assim, a nossa medida é a perfeição do Pai celeste e não o que os outros fazem ou deixam de fazer; se são melhores ou se são piores. Devemos procurar sempre mais e melhor e em todas as coisas.
É assim que se constroem sociedades alegres e felizes na medida em que cada um contribui com o seu trabalho e empenho para o enriquecimento de toda a sociedade. Mais tarde não nos lamentaremos do que deveríamos ter feito e não fizemos, do que deveríamos ter e não temos porque soubemos que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Há um ditado popular que diz: «Quem trabalha a Deus obriga» e assim é, depois de termos feito todas as coisas que podíamos fazer, naturalmente que não nos faltará nada porque o trabalho e esforço de cada um contribui para o bem de todos.
Torna-se necessário perguntar se, cada um, tem feito o que lhe cabe na sociedade, ou seja: os pais se têm cumprido os seus deveres como primeiros e principais educadores; como empregados se fazemos os nossos trabalhos com competência; como orientadores se procuram os melhores caminhos para os companheiros. Não basta apontar para os outros, cada um tem de fazer o que lhe compete.
Todos sabemos que os desânimos vão surgir, as dificuldades vão aparecer, as forças vão fraquejar, nesses momentos precisamos da mão amiga do outro que está mais forte e que nos compreende e faz o possível por ajudar nessas horas. O cristão sabe que conta com a presença amiga de Deus que é Pai e deseja o melhor para cada um dos seus filhos e filhas. Este Deus que vem ao nosso encontro na celebração comunitária dos sacramentos.
A Carta Familiar deseja que este ano seja enriquecedor e feliz para todos. A todos os que connosco vão trabalhar desejamos que se sintam bem.

Pe. Manuel Santos

XXIII DOMINGO TEMPO COMUM

tema



A liturgia deste domingo sugere-nos uma reflexão sobre a nossa responsabilidade face aos irmãos que nos rodeiam. Afirma, claramente, que ninguém pode ficar indiferente diante daquilo que ameaça a vida e a felicidade de um irmão e que todos somos responsáveis uns pelos outros.

A PRIMEIRA LEITURA fala-nos do profeta como uma “sentinela”, que Deus colocou a vigiar a cidade dos homens. Atento aos projectos de Deus e à realidade do mundo, o profeta apercebe-se daquilo que está a subverter os planos de Deus e a impedir a felicidade dos homens. Como sentinela responsável alerta, então, a comunidade para os perigos que a ameaçam.

O EVANGELHO deixa clara a nossa responsabilidade em ajudar cada irmão a tomar consciência dos seus erros. Trata-se de um dever que resulta do mandamento do amor. Jesus ensina, no entanto, que o caminho correcto para atingir esse objectivo não passa pela humilhação ou pela condenação de quem falhou, mas pelo diálogo fraterno, leal, amigo, que revela ao irmão que a nossa intervenção resulta do amor.

Na SEGUNDA LEITURA, Paulo convida os cristãos de Roma (e de todos os lugares e tempos) a colocar no centro da existência cristã o mandamento do amor. Trata-se de uma “dívida” que temos para com todos os nossos irmãos, e que nunca estará completamente saldada.

(Dehonianos)


MISTÉRIO DE CRISTO

para meditar



Teve fome quem todos alimenta,
teve sede quem criou toda a bebida
e o pão espiritual dos famintos e sequiosos.

Por caminhos terrestres foi cansado
aquele que se nos fez caminho do Céu.

Parece surdo e mudo ante os acusadores
aquele por quem falou o mudo
e ouviu o surdo.

Foi atado
aquele que desatou os laços das doenças.

Foi flagelado
aquele que expulsou dos corpos dos homens
todos os flagelos dos sofrimentos.

Foi crucificado
quem acabou com as nossas cruzes.

Morto
quem ressuscitou os mortos.

Mas ressuscitou para nunca mais morrer,
afim de que ninguém pudesse aprender dele
a desprezar a morte,
como quem morrendo definitivamente
nunca mais pudesse viver…


Santo Agostinho

A MÃO NA TUA MÃO

conto(223)




Uma vez, um homem teve de ser operado ao coração. Tratava-se de uma intervenção cirúrgica de risco.
Uma enfermeira, ao ver o paciente triste, aproximou-se da sua cama, pegou-lhe numa das mãos e, com palavras de serenidade, disse-lhe:
- Escute. Durante a operação de amanhã irão separá-lo do seu coração e manter-se-á vivo apenas através das máquinas. Quando a operação terminar o seu coração volta a trabalhar. Depois, retomará a consciência e será levado para uma sala de reanimação. Contudo, terá de ficar imobilizado durante algumas horas. Poderá não conseguir fazer nenhum movimento, nem sequer falar, mas compreenderá tudo o que se passará à sua volta. Durante essas horas ficarei ao seu lado e terei a sua mão agarrada como faço agora. Mesmo sem se mexer, sentirá que não o deixo. Não se poderá sentir só. Estarei consigo.
O homem balbuciou:
- Obrigado por estar a meu lado. Que Deus lhe pague tanta bondade.
O homem foi levado para a sala de operações e sucedeu tudo o que a enfermeira tinha dito. O paciente, quando recuperou totalmente a saúde, não se cansava de agradecer a essa jovem um tal gesto de ternura no sofrimento.
Ainda hoje, todos os anos, lhe envia no dia do seu aniversário um lindo ramo de flores.

In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira


CENTENÁRIO DA ERMIDA DE NOSSA SENHORA DE LURDES



A acta de inauguração é do dia 18 de Outubro de 1908.

“Um bom filho deste lugar, o Sr. Faustino Nunes, residido na Califórnia a quem a fortuna havia favorecido, tendo conhecimento da vontade de seus patrícios, levado de seu amor pela pequena terra onde nasceu e por seus louváveis sentimentos religiosos, não duvidou pôr-se à frente desse movimento e considerar-se para todos os efeitos o mais valioso cooperador daquela obra de assinalada utilidade pública. E assim indicou que desejava fosse a ermida consagrada a Nossa Senhora de Lurdes para o que oferecia a respectiva imagem, bem como oferecia o terreno para sua construção e o precioso património. Enquanto a Capela se levantava a expensas dos habitantes do lugar e com esmolas e toda a ilha, solicitadas pela Comissão que percorreu todas as freguesias para esse fim, chegou do Porto a imagem da Senhora e da inocente Bernardete, da oficina de José Soares de Oliveira, escultor acreditado em todo o país. Essas imagens foram ontem, 17 de Outubro, conduzidas em procissão para este lugar, havendo partido da vila da Calheta e incorporando-se nela milhares de pessoas de todos os pontos da ilha, fazendo lembrar uma dessas peregrinações estrangeiras a Lurdes, ponto de aparição da Virgem Imaculada à pobre inocente Bernardete. Acha-se pois aberta ao público esta ermida da Fajã dos Cubres, da invocação de Nossa Senhora de Lurdes, como um monumento de Religião do povo deste lugar.”


In Notas Históricas do Padre Manuel Azevedo da Cunha





FESTA DE NOSSA SENHORA DE LURDES - FAJÃ DOS CUBRES



TRÍDUO - Dias 10, 11 e 12 de Setembro - Eucaristia às 20 horas
FESTA - Dia 14 de Setembro - Eucaristia de festa às 11 horas, arrematações e procissão.


FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO - BISCOITOS



TRÍDUO - Dias 10, 11 e 12 de Setembro - Eucaristia às 20 horas
FESTA - 14 de Setembro - Eucaristia de festa às 11 horas e procissão às 18:30 horas


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Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

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