Nº 376

A DIVINA MISERICÓRDIA

primeira página



É reconfortante saber que Deus Pai nos abraça em Seu amor infinito, mesmo quando nos sentimos os mais pobres e afastados dos caminhos que Ele sonhou para nós como seus filhos muito amados.
Ao percorrer a Palavra Sagrada, encontramos o gesto carregado de amor com que Ele abraçou o Filho Pródigo e mandou fazer imediatamente uma festa com o que de melhor tinha em Sua Casa.
Este abraço é o sinal da grande misericórdia de Deus Pai e mostra o Seu verdadeiro rosto.
Rosto apaixonado por todos. É assim o Seu rosto cheio de ternura e amor.
Muito próximos ainda da Páscoa vemos o Amor morrer por amor.
Olhamos a Cruz e vemos o vinagre que Lhe quiseram oferecer, quiseram dar - -Lhe o amargo e Ele dá o seu próprio sangue, o doce vinho do amor.
Olhamos a Cruz e vemos os Seus pés pregados para que deixasse de percorrer os caminhos da Judeia e Ele passa a ser companheiro de todos os nossos caminhos, animando e encorajando a prosseguir, mesmo quando nos encontramos nas encruzilhadas mais amargas e difíceis deste nosso caminhar. Já ouvimos contar a resposta que Ele deu ao queixume do abandono em que Ele disse: “nesses momentos tomei-te ao colo e levei-te. As pegadas que vês são as Minhas”. Como é reconfortante saber que o Senhor nos toma nos Seus braços quando nos sentimos abandonados de tudo e de todos.
Na Cruz vemos os braços abertos e as mãos cravadas com pregos que parecem impedir que aquele abraço reconfortante e meigo que necessitamos seja real e efectivo e afinal este gesto é apenas para dizer que os Teus braços estão abertos a todos e que a todos queres abraçar e que estão estendidos a todos os que precisam de uma mão amiga para se levantar.
Contemplamos a Cruz e vemos o Teu rosto ensanguentado, ferido, desfigurado. Nele tem sentido o sofrimento e a dor de tantos rostos que procuram consolação e alívio para as vicissitudes da vida.
Nesta imagem da Cruz vemos o muito amor que tendes para com todos e esperamos na Misericórdia que é o abraço terno, meigo e acolhedor do Pai.
Hoje, dia da Divina Misericórdia, queremos dizer-Te que esperamos e confiamos em Ti.

Pe. Manuel Santos

II DOMINGO DA PÁSCOA

tema


A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.

Na primeira leitura temos, numa das “fotografia” que Lucas apresenta da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade formada por pessoas diversas, mas que vivem a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom e que, dessa forma, testemunha Jesus ressuscitado.

No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã os critérios que definem a vida cristã autêntica: o verdadeiro crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.

(Dehonianos)

O ETERNO DESCOBRIMENTO

para meditar


Deus não se apresenta aos nossos seres finitos
como uma Coisa já completamente acabada
que vamos abraçar.
Deus é, antes, para nós
o eterno Descobrimento
e o eterno Crescimento.
Quanto mais julgamos compreendê-Lo,
mais Ele se mostra diferente do que julgávamos.
Quanto mais julgamos tê-Lo agarrado,
mais Ele recua, atraindo-nos para as profundezas de si próprio.
Quanto mais nos aproximamos Dele,
por todos os esforços da natureza e da graça,
Mais Ele aumenta com o mesmo movimento,
a sua atracção sobre as nossas potências,
e a receptividade das nossas potências
a essa divina atracção.

Teilhard Chardin

AQUELA JANELA

conto 251


Dois homens, ambos muito doentes, ocupavam a mesma enfermaria do hospital.
A um deles era permitido sentar-se na cama durante uma hora cada tarde para ajudar a drenar os líquidos dos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela da enfermaria.
O outro homem tinha de permanecer todo o tempo deitado de costas.
Os dois doentes falavam durante horas a fio acerca das suas esposas e familiares, dos seus lares, das suas profissões, das suas viagens, de quando tiveram férias e de tantas coisas mais.
Todas as tardes, o homem que estava perto da janela, sempre que se podia sentar, olhava para fora e passava o tempo a descrever o que podia ver dali. Contava ao colega que da sua janela via um lindo lago com cisnes, crianças a brincar, jovens enamorados, canteiros de flores de todas as cores e tantas coisas lindas.
Como o doente que estava junto da janela descrevia tudo com tantos pormenores, o outro fechava os olhos, imaginava as mais belas cenas e ficava deliciado com tanta beleza.
Passaram-se dias e semanas. Num dia de Outono, a enfermeira entrou de manhã cedo na enfermaria, puxou pelo lençol e verificou que o homem da janela tinha morrido tranquilamente enquanto dormia.
No dia seguinte, o outro homem perguntou à enfermeira se o podia levar para junto da janela. A enfermeira, com todo o carinho, disse que sim. Fez a mudança e deixou-o sozinho.
Apesar de ter de estar todo o tempo deitado de costas, lenta e dolorosamente, tentou aproximar-se da tal janela de onde o colega falecido via coisas tão belas. Mas, ao voltar-se para a janela, viu apenas uma parede branca.
O homem, muito admirado, perguntou à enfermeira porque é que esse homem lhe contava coisas tão belas através da suposta janela.
A enfermeira respondeu:
- O homem que morreu era cego. Imaginava ver aí uma janela e contava-lhe tudo isso, sem dúvida para lhe dar ânimo, para o alegrar.

In CONTOS+MENSAGEM de Pedrosa Ferreira


FESTA DE ÁCIES


No próximo Sábado, dia 25 de Abril, pelas 14h30 teremos a festa de Ácies na Igreja Matriz da Calheta.
A Festa de Ácies é uma festa em honra de Nossa Senhora das Graças que tem como finalidade receber de Maria a força necessária para continuar num caminho de bem e de graça, a seu exemplo.
É uma festa do Movimento da Legião de Maria em que podem e devem participar todos os cristãos.


Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº_376_19.04.09.pdf

Agenda Pastoral

Destaque

pastoraljuvenilsaojorge.blogs.sapo.pt

Mais Recente Carta Familiar em PDF!

Bolletim398_20Set09.pdf

Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

H2ONews

Visitas


Ver Estatísticas