Nº 377

FOI BOM...

primeira página


É estranho… como o tempo passa.
Devo perguntar: foi bom? E dou por mim a agradecer mais um ano.
Sim! Foi bom. Bom conhecer todos e estar com todos. Aqueles que mais me compreendem e ajudam e os que nem por isso gostam da minha maneira de ser e estar. Mas, foi bom. Uns suavizam o meu caminhar, amparam-me com a sua compreensão e amizade. O seu silêncio faz-me reflectir e a sua palavra às vezes reconforta e outras ajuda a corrigir e a entender. Agradeço-lhes tanto o silêncio como as palavras, são sempre presença necessária na história que juntos vamos fazendo. Outros ajudam a corrigir, a não viver de ilusões e certezas, a evitar vaidades e grandezas, a procurar encontrar-me intimamente comigo...
É bom fazer caminho, não estar só. Sentir que os outros estão ali, ao meu lado. Que, tal como eu, têm sonhos. Que têm horas difíceis, incompreensíveis, tal como eu tenho. Que procuram entre as incertezas da vida os melhores caminhos, que nem sempre se afiguram os mais saborosos, mas que também tentam, querem e buscam. Vejo que há sempre alguém que quer e luta. Sim. A vida não é fácil, requer muito de tudo e de todos.
Bem sei que o tempo continua a passar e aparecerão novidades que causarão apreensão e dúvidas, que estarão ali ao meu alcance, que me pedem coragem. Novidades que vão ser boas e saborosas trazendo alegria e felicidade. Outras novidades serão amargas, inesperadas, que aparecem sem eu saber como, que não são desejadas. Estas também são necessárias e ajudam a enraizar e a sustentar a vida que quero construir.
Ao experimentar sucessos sinto alegria, força e arranjo coragem para abraçar novas causas, novos desafios. Mas, em grande parte da vida encontro o insucesso e o fracasso, sinto-me pequeno e fraco, por vezes, incapaz e as forças fraquejam, faltam e assalta-me o desânimo e vem a vontade de desistir. É aqui que entram aqueles que dão sentido à minha vida, me ajudam e caminham a meu lado. São apoio e fortaleza. Mostram que me querem bem e às vezes não sei reconhecer estas presenças amigas. Às vezes fico a pensar como é estranha a vida e como ela irrompe sem que eu perceba o quanto são importantes alguns gestos, palavras e sorrisos que são de entendimento.
Parece estranho. Foi bom mais um ano e agradeço toda a amizade, toda a bondade e carinho que semearam na minha vida.

Pe. Manuel Santos

III DOMINGO DA PÁSCOA

tema



Jesus ressuscitou verdadeiramente? Como é que podemos fazer uma experiência de encontro com Jesus ressuscitado? Como é que podemos mostrar ao mundo que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação? É, fundamentalmente, a estas questões que a liturgia do 3º Domingo da Páscoa procura responder.

O Evangelho assegura-nos que Jesus está vivo e continua a ser o centro à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É precisamente nesse contexto eclesial – no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço – que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. Depois desse “encontro”, os discípulos são convidados a dar testemunho de Jesus diante dos outros homens e mulheres.

A primeira leitura apresenta-nos, precisamente, o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação, Pedro e João convidam os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz.

A segunda leitura lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu… Essa coerência deve manifestar-se no reconhecimento da debilidade e da fragilidade que fazem parte da realidade humana e num esforço de fidelidade aos mandamentos de Deus.

(Dehonianos)

POR UMA IGREJA DO SIM.

para meditar


- Sim à vida, à vida toda e a toda a vida.
- Sim ao homem e à sua dignidade de filho de Deus.
- Sim à família, comunidade de vida e amor.
- Sim ao acolhimento do pecador.
- Sim à fantasia da caridade.
- Sim à liberdade na caridade.
- Sim à voz de Deus que se revela nos sinais dos tempos.
- Sim à diversidade que enriqueça a unidade.
- Sim ao futuro e à novidade de Deus.
- Sim à verdadeira ciência.
- Sim à construção da verdadeira comunhão eclesial.
- Sim à misericórdia para com todos: os que abrem caminhos e os que têm mais dificuldade em acompanhar a marcha. TODOS!
- Sim aos pobres e aos deserdados da vida e da sorte.
- Sim à profecia, mesmo sabendo que o profeta paga caro o seu serviço ao homem.
- Sim à abertura, à diversidade de carismas e de dons que o Espírito distribui como Lhe apraz.
- Sim ao perdão.
- Sim a uma Igreja de portas e janelas sempre escancaradas para quem queira entrar.
- Sim ao homem como o caminho da Igreja.
- Sim à humildade, ao despojamento, ao serviço.
- Sim à alegria.
- Sim à escuta de Deus, a uma Igreja que escuta incansavelmente o seu Deus.
- SIM, radical, profundo, comprometido ao Evangelho.

(do Blogue Asas da Montanha)

O PRESENTE

conto 252



A menina estava a preparar um presente. Tinha uma caixa e uma grande folha de papel dourado assim como fita colorida. O pai perguntou-lhe asperamente:
- Que fazes? Estás a estragar todo esse papel. Tens ideia de quanto custa?
A menina ficou triste mas continuou a sua tarefa, apertando a caixa contra o coração.
Na noite do Dia do Pai, aproximou-se do pai, entregou-lhe a caixa e disse:
- É para ti, pai.
O pai comoveu-se. Talvez tivesse sido demasiado duro. Afinal, aquele presente era para ele.
Desatou a fita, abriu o papel dourado e, finalmente, abriu a caixa. Estava vazia! Ficou surpreendido e explodiu:
- E gastaste todo este papel para embrulhar uma caixa vazia?
A menina, novamente de olhos tristes, disse:
- Mas ela está cheia, pai. Meti dentro um milhão de beijos.
Esse pai ainda hoje guarda essa caixa, porque está cheia do amor da sua filhinha.

In TUTTI FRUTTI de Pedrosa Ferreira


REPRESENTAÇÕES DA OUVIDORIA


Nos próximos fins de semana as missas vão sofrer algumas modificações porque os sacerdotes ao serviço nesta zona pastoral vão ter de sair da ilha para serviços relacionados com a vida pastoral da Ilha junto da Diocese. Pedimos a compreensão de todas as comunidades.

EUCARISTIAS



SÁBADO (02.05.2009)
17h00 Ermida do Bom Jesus
18h00 Ribeira da Areia
19h00 Fajã dos Vimes - Ribeira do Nabo

DOMIGO (03.05.2009)
10h00 Norte Grande - Santo António - Manadas
11h00 Norte Pequeno - Beira
12h00 Calheta - Urzelina
13h00 Biscoitos - Ribeira Seca


VIDA RELIGIOSA DE SÃO NUNO ÁLVARES PEREIRA


Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, em Lisboa, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Permanece no Convento do Carmo até à morte, ocorrida em 1 de Abril de 1431, um domingo de Páscoa. Durante o seu último ano de vida, o Rei D. João I fez- -lhe uma visita no Carmo. D. João sempre considerou que fora Nuno Álvares Pereira o seu mais próximo amigo, que o colocara no trono e salvara a independência de Portugal. O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terramoto de 1755. O seu epitáfio (inscrição tumular) era: "Aqui jaz o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."
Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV. O seu dia festivo é 1 de Abril. A sua canonização ocorre este domingo 26 de Abril de 2009.

QUINZENA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES CONSAGRADAS


Começa este Domingo, 26 de Abril, a Quinzena de Oração pelas Vocações Consagradas. Nos próximos Boletins daremos mais informações sobre o assunto.


Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº_377_26.04.09.pdf

Agenda Pastoral

Destaque

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Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

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