Nº 384

COMECEI O DIA...

primeira página

Quarta-feira comecei o dia com a oração: «Solícitos e puros, os anjos…»
Era dia 10 de Junho, dia do Anjo da Guarda de Portugal. Dia de muitas coisas e comemorações.
Não sei escrever sobre os anjos e nem é esta a função desta “Carta familiar”. Deixo a outros mais conhecedores do assunto essa missão. Mas, ao abrir a Internet deparei-me com o título: “Padres condecorados por Cavaco Silva”. É hábito haver este tipo de condecorações neste dia.
Para mim, estes são alguns dos anjos que são precisos no nosso tempo sem descurar os outros que nos ensinaram e que são da guarda individual e comunitária.
Um dos padres tem o seu campo de acção numa prisão e o outro é missionário no Congo. As pessoas que deles recebem o seu trabalho devem tê-los como amigos, companheiros, auxílio nas dificuldades e sofrimentos da vida, conselheiros…
São muitas as necessidades de todos e de cada um e para elas é muito bom ter quem ajude e ampare. Sentir alguém perto que entende e estende a mão… Alguém que está para ouvir, que dá do seu tempo e aconselha com lealdade… Alguém que é confidente de verdade… Alguém que se sabe limitado e compreende as fraquezas e limitações.
Este «alguém» são os muitos anjos que todos temos e precisamos.
Quantos de nós já não fizemos esta afirmação: «foi para mim um verdadeiro anjo…»
Às vezes é mesmo um familiar e a maior parte das vezes a mãe que com o seu sentir e coração maternal se aproxima, sabe estar, sabe o que dizer e quando o deve dizer, às vezes guardar, outras aconselha. Sabe ter gestos de ternura e acolhimento. O seu olhar é meigo e a sua atitude é a de quem quer ser auxílio.
Outras é o pai que sabe ser solícito, sabe ouvir e aconselhar com determinação. O seu carinho também é necessário para sentirmos segurança e acolhimento…
Estes são os anjos que todos nós temos ou já tivemos.
Existem os outros, os que são também de todos os dias e para todas as ocasiões. Os amigos a quem se recorre e em quem se confia, de quem se espera compreensão e lealdade. Aqueles que ajudam para que não haja perigos, problemas e complicações. Percebem a tempo que atitudes e comportamentos podem levar ao sucesso ou à inquietação e insucessos de uma vida. As suas palavras por vezes são bálsamo e outras são de repreensão. Palavras que fazem pensar, que calam fundo e que vêm constantemente à memória.
Aqueles que sabem acolher com um abraço, um beijo, um gesto amigo de conforto.
Todos precisamos destes «anjos» e todos os encontramos na vida.
Bom é que o saibamos ser uns para os outros.

Pe. Manuel Santos

XI DOMINGO COMUM

Tema

A liturgia do 11º Domingo do Tempo Comum convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança. Deus, fiel ao seu plano de salvação, continua, hoje como sempre, a conduzir a história humana para uma meta de vida plena e de felicidade sem fim.

Na primeira leitura, o profeta Ezequiel assegura ao Povo de Deus, exilado na Babilónia, que Deus não esqueceu a Aliança, nem as promessas que fez no passado. Apesar das vicissitudes, dos desastres e das crises que as voltas da história comportam, Israel deve continuar a confiar nesse Deus que é fiel e que não desistirá nunca de oferecer ao seu Povo um futuro de tranquilidade, de justiça e de paz sem fim.

O Evangelho apresenta uma catequese sobre o Reino de Deus – essa realidade nova que Jesus veio anunciar e propor. Trata-se de um projecto que, avaliado à luz da lógica humana, pode parecer condenado ao fracasso; mas ele encerra em si o dinamismo de Deus e acabará por chegar a todo o mundo e a todos os corações. Sem alarde, sem pressa, sem publicidade, a semente lançada por Jesus fará com que esta realidade velha que conhecemos vá, aos poucos, dando lugar ao novo céu e à nova terra que Deus quer oferecer a todos.

A segunda leitura recorda-nos que a vida nesta terra, marcada pela finitude e pela transitoriedade, deve ser vivida como uma peregrinação ao encontro de Deus, da vida definitiva. O cristão deve estar consciente de que o Reino de Deus (de que fala o Evangelho de hoje), embora já presente na nossa actual caminhada pela história, só atingirá a sua plena maturação no final dos tempos, quando todos os homens e mulheres se sentarem à mesa de Deus e receberem de Deus a vida que não acaba. É para aí que devemos tender, é essa a visão que deve animar a nossa caminhada.

(Dehonianos)

INTOLEÂNCIA

para meditar

A intolerância é um cancro,
um caos,
Doença que corrói a vida,
procurando ver mal naquilo que,
muitas vezes, é tão simples...
A intolerância é um estar de mal consigo
e com o mundo,
A intolerância faz mal à alma,
rouba a calma e a paz de espírito.
Não existe sossego nessa forma
de provocar o medo e a desordem,
Não há ordem que resista.
A alma fica doente e magoada
porque a prendem nos lodos
quando é pássaro em voo...
A arte de acreditar, é um estar
que ninguém pode mudar ou cortar ou amarar...
Ai daquelas almas daninhas que querem
acorrentar o pensamento...
A alma não se doma – a alma voa, não se detêm
Que ninguém tenha a prosápia de pensar
que pode assim cortar – esse momento!

(Maria Lagos)

AS FOLHAS

Dois pássaros estavam muito felizes, sobre a mesma planta. Um mais acima e outro um pouco mais abaixo.
Passado algum tempo, o que estava em cima disse ao outro:
- Que lindas estas folhas verdes.
O que estava mais abaixo respondeu irritado:
- Estás cego. Não vês que são brancas?
O de cima continuou:
- Tu é que estás cego. São verdes bem verdes.
E a discussão tomou tais proporções que o de cima desceu e atirou-se contra o que estava mais abaixo.
Quando estavam no mesmo ramo, prepararam-se para a luta, a fim de defenderem a verdade pela força.
Porém, antes de começar o duelo, ambos tiveram lealdade de olhar para cima na mesma direcção. Foi então que o pássaro que veio de cima, surpreendido, afirmou:
- Que estranho! Afinal são brancas.
Depois, ambos os pássaros voaram até ao cimo e o outro que veio de baixo exclamou:
- Que estranho! Afinal são verdes.

In TUTTI FRUTTI de Pedrosa Ferreira

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FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

No próximo Domingo, 21 de Junho, na paróquia da Ribeira Seca teremos a festa do Sagrado Coração de Jesus. A Eucaristia será às 11h 15m seguida de procissão.
É, também, o dia da “Primeira Comunhão”. É um dia importante para as crianças, para os seus pais e para toda a comunidade.

FESTA DE SÃO TIAGO

Desde já anunciamos que a Festa de São Tiago da Ribeira Seca será, este ano, no dia 19 de Julho. No dia habitual haverá, este ano, a Ordenação Sacerdotal do Diácono Hélio Nuno na paróquia da Urzelina. Como é um acontecimento único na nossa Ilha, pretendemos canalizar as atenções das comunidades para este momento particular da vida da Igreja nesta Ilha.
Agradecemos a compreensão de todos.

RECEITAS PARA O CULTO

Receitas do culto nas paróquias descritas abaixo:
Ribeira Seca - 3.700,00 €
Portal - 520,00 €
Manadas - 1.060,00 €
Desde já, agradecemos a colaboração de todos sabendo que estamos em tempos de muitas dificuldades.

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