Nº 390

ACOLHER UM PADRE

primeira página


Espanta sempre a exuberante alegria com que o povo de Deus acolhe o dom de um novo padre. Verdadeiramente significa a presença de Deus no meio da história da comunidade seguidora de Cristo e impulsionada pelo Espírito Santo. Reconhecer num filho da terra, em alguém de quem conhecemos os limites e as possibilidades um chamado a representante de Cristo, Cabeça e Pastor, um animador da vida da Igreja em colaboração com o Bispo, atira-nos para um nível de visível contentamento que nem sabemos explicar.
Ser padre nos nossos dias assume particular realce. Quando muitos perderam o sentido da vida e vagueiam sem rumo, divertidos ou confusos, deprimidos ou iludidos, cheios de sentidos mas sem ânimo interior, ver um jovem mergulhar na entrega à misericórdia abundante de Deus e colocar-se ao serviço de todos sobretudo dos mais desfavorecidos, disposto a formar cristãos conscientes e activos integrados em comunidades vivas, inunda-nos de júbilo.
De certo modo, nós todos nos identificámos na graça da hora que vivemos e um pouco de nós se entrega na total oferta daquela vida ao mistério de Deus e à transformação da sociedade, seguindo o Espírito de Cristo. Vivamos a maravilha desta experiência espiritual.

D. Carlos Azevedo

O Hélio Nuno Soares é filho de Manuel Armando da Rosa Soares e de Maria Leonesa dos Santos residentes em Santo António.
Iniciou os estudos na Escola Primária de Santo António, depois foi para a Escola Básica e Integrada de Velas, tendo ingressado no Seminário de Angra em 2003 onde frequentou o Sexénio Filosófico-Teológico. Durante o tempo de Seminário pertenceu ao grupo de Escuteiros e colaborou na vida pastoral de algumas paróquias da Ilha Terceira.
Foi ordenado Diácono a 25 de Janeiro do presente ano na Sé Catedral de Angra.
A 25 de Julho deste ano é ordenado Presbítero na Igreja Paroquial de São Mateus da Urzelina, desta Ilha de São Jorge.


XVII DOMINGO COMUM

tema



A liturgia do 17º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a “fome” de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste domingo dizem-nos que Deus conta connosco para repartir o seu “pão” com todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.

Na primeira leitura, o profeta Eliseu, ao partilhar o pão que lhe foi oferecido com as pessoas que o rodeiam, testemunha a vontade de Deus em saciar a “fome” do mundo; e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos gestos de partilha e de generosidade para com os irmãos que os “profetas” são convidados a realizar.

O Evangelho repete o mesmo tema. Jesus, o Deus que veio ao encontro dos homens, dá conta da “fome” da multidão que O segue e propõe-Se libertá-la da sua situação de miséria e necessidade. Aos discípulos (aqueles que vão continuar até ao fim dos tempos a mesma missão que o Pai lhe confiou), Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de partilha, concretizada no serviço simples e humilde em benefício dos irmãos. É esta lógica que permite passar da escravidão à liberdade; é esta lógica que fará nascer um mundo novo.

Na segunda leitura, Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã. Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de preconceito em relação aos irmãos.

Dehonianos

PIEDADE

para meditar



Deus, cheio de piedade e misericórdia
para com o Teu povo,
concede que, pela comunhão Contigo,
vivamos o dom da piedade,
em adoração amorosa, em gratidão reverente.
 
Que eu saiba ser confidente atento
das aflições dos que me rodeiam
para me transformar, pela Tua graça,
em intercessor audaz e confiante junto de Ti.
À maneira do Teu Jesus,
ofereça orações, súplicas, gritos e lágrimas
para libertação dos irmãos.
 
Aprenda eu, pelo dom do teu Espírito,
a abandonar-me à tua vontade, a entregar-me à Tua Providência.
 
Revista-se a minha vida orante
de obediência filial e alegre docilidade
para transparecer na coerência da caridade, na ousadia da esperança
e na virtude da fé.
 
Renovado e purificado pelo dom do Teu Espírito
com sincera piedade, te apresente a vida toda, caído nos Teus braços,
em inteira disposição à face nova da terra.
  
AZEVEDO, Carlos A. Moreira - Ao Deus de todas as manhãs

O VOO DO FALCÃO

conto 265



O rei recebeu como oferta dois pequenos falcões e entregou-os ao mestre da falcoaria para que os domesticasse.
Passados alguns meses, o mestre foi ter com o rei e disse-lhe:
- Majestade, um dos falcões está perfeitamente amestrado. Já voa.
O rei perguntou:
- Apenas um? Que se passa com o outro?
O mestre respondeu:
- Não sei majestade. Não se mexeu do ramo onde o deixei no primeiro dia.
O rei mandou então chamar os curandeiros para que vissem o falcão. Mas estes nem sequer conseguiram fazer com que a ave voasse. Ela continuava no ramo da árvore.
Encarregou a tarefa a membros da corte, a peritos e a sábios, mas igualmente sem resultado. O falcão parecia surdo.
No dia seguinte, o monarca pôde observar da sua janela que a ave, de facto, continuava imóvel, poisada no ramo.
Decidiu então convocar todo o seu povo e disse:
- Quero dizer-vos que oferecerei uma grande recompensa a quem conseguir que este falcão voe.
Retirou-se para o palácio e esperou que alguém conseguisse realizar o seu grande desejo.
Na manhã seguinte, ao passar pelos seus jardins, com grande espanto viu o falcão a voar agilmente. O rei, muito admirado, convocou a corte e ordenou:
- O falcão voa! Trazei-me, por favor, o autor do milagre.
Um membro da sua corte saiu da sala e, passado instantes, apresentou-lhe um modesto camponês. O rei perguntou-lhe:
- Foste tu que conseguiste que o falcão voasse?
Ele respondeu:
- Fui, sim, majestade.
O rei curioso insistiu:
- Como é que fizeste? És porventura um mago?
Timidamente, o camponês disse ao rei:
- Foi fácil, muito fácil. Apenas cortei o ramo e o falcão voou. Nesse momento, deu-se conta que tinha asas e começou a voar.

In CONTOS+MENSAGENS de Pedrosa Ferreira


FESTA DE SANTO CRISTO NA FAJÃ DAS ALMAS


Eucariatia - Dia 2 de Agosto às 10 horas

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES NORTE GRANDE


Tríduo– Dias 30 e 31 de Julho às 20 horas
Festa – Dia 2 de Agosto - Eucaristia às 13 horas e procissão às 19h30


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Agenda Pastoral

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Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

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