Nº 395

FESTAS NAS FAJÃS



As Fajãs que não têm habitualmente missa, fazem as suas festas nesta altura do ano. Neste domingo é festa de Santa Filomena na Fajã da Penedia, segue-se a de Santo Cristo da Caldeira, a de Nossa Senhora de Lurdes na Fajã dos Cubres, a de Nossa Senhora das Dores na Fajã do Ouvidor e termina com a Festa do Bom Jesus na Fajã Grande.
Cada Fajã tem a sua beleza e o seu encanto.
Elas são uma forma de nos encontrarmos uns com os outros.
Neste tempo as Fajãs enchem-se de visitantes. Muitos que vão simplesmente acampar em busca de silêncio, do encontro com a natureza e suas cores. Os sons do vento e do mar, o canto das aves… Tudo dá harmonia e paz que ajuda a suavizar o trabalho e as preocupações da vida. As Fajãs são lugares apetecíveis no reboliço da vida agitada que vamos levando.
Ir à Fajã não deve ser apenas para “queimar” tempo como quem não tem mais nada para fazer ou para onde ir. Mas sim, um enriquecimento pessoal por tudo o que podemos encontrar e criar neste encontro com o que a natureza dá.
Daí a urgência de uma boa relação com estes ambientes. O cuidado que cada um deve ter no trato com a natureza, com as Fajãs. Elas são um bem de todos, também daqueles que hão-de vir depois de nós. É uma responsabilidade que nos é dada a cada momento: quando estou nas Fajãs ou fora delas devo cuidar sempre para que sejam lugares em que todos se sintam bem.
As festas que se fazem nas Fajãs tomam um outro sentido quando pensamos nesta realidade. A festa é um encontro com Deus e com os irmãos. É agradecimento pelo que me foi dado e é apelo à contemplação e à meditação.
Saber colher a alegria que Deus dá pela Sua criação na natureza é a forma que Ele tem de me falar através dela.
Saber encontrar a harmonia e a paz interior e exterior que Deus me dá pela beleza das cores, o mar…
Após uma visita que fiz durante um dia com um visitante à nossa ilha a uma das nossas belas Fajãs, ele mandou-me um email em que dizia: «Quem me dera estar na Fajã…».
Os que nos visitam sabem e apreciam o que nós temos, saibamos nós também estima-los e aprecia-los.
Pe. Manuel António Santos

XXII DOMINGO COMUM


TEMA


A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a “Lei”. Deus quer a realização e a vida plena para o homem e, nesse sentido, propõe-lhe a sua “Lei”. A “Lei” de Deus indica ao homem o caminho a seguir. Contudo, esse caminho não se esgota num mero cumprimento de ritos ou de práticas vazias de significado, mas num processo de conversão que leve o homem a comprometer-se cada vez mais com o amor a Deus e aos irmãos.
A primeira leitura garante-nos que as “leis” e preceitos de Deus são um caminho seguro para a felicidade e para a vida em plenitude. Por isso, o autor dessa catequese recomenda insistentemente ao seu Povo que acolha a Palavra de Deus e se deixe guiar por ela.
No Evangelho, Jesus denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da “lei” um valor absoluto, esquecendo que a “lei” é apenas um caminho para chegar a um compromisso efectivo com o projecto de Deus. Na perspectiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das “leis”, mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.
A segunda leitura convida os crentes a escutarem e acolherem a Palavra de Deus; mas avisa que essa Palavra escutada e acolhida no coração tem de tornar-se um compromisso de amor, de partilha, de solidariedade com o mundo e com os homens.
(Dehonianos)

MEDITAR


BEM AVENTURANÇAS ACTUAIS


Bem-aventurados os que sabem rir de si próprios:
Terão sempre com que se divertir.
Bem-aventurados os que sabem distinguir uma montanha de um montículo de terra:
Serão poupados a muitos aborrecimentos.
Bem-aventurados os que são capazes de descansar:
Tornar-se-ão sábios.
Bem-aventurados os que sabem calar e escutar:
Aprenderão coisas novas!
Bem-aventurados os que não se vangloriam: Serão apreciados por aqueles que os rodeiam.
Bem-aventurados os que souberem apreciar as pequenas coisas com seriedade e as coisas sérias com tranquilidade: Irão longe na vida.
Bem-aventurados os que souberem valorizar um sorriso e esquecer uma ofensa:
O seu caminho encher-se-á de sol.
Bem-aventurados os que forem capazes de interpretar com benevolência as atitudes do outro, mesmo que falsas: Passarão por inocentes, mas a caridade tem esse preço.
Bem-aventurados os que pensam antes de agir e que rezam antes de pensar:
Evitarão muitos dissabores.
Bem-aventurados os que souberem calar e sorrir quando lhes cortam a palavra ou lhes "pisam os pés": O Evangelho começa a penetrar no seu coração.
Bem-aventurados os que sabem reconhecer o Senhor em todas as pessoas que encontram no seu caminho:
Encontraram a verdadeira luz e a verdadeira sabedoria.
(Joseph Follier)

CONTO (270)


A TESOURA E A AGULHA


Uma vez, um rei visitou um Sábio famoso em toda a região. Várias vezes o tinha consultado para saber a sua opinião acerca de assuntos de guerra e de assuntos de paz. Sempre o Sábio tinha a resposta exacta para cada problema.
Como forma de expressar a sua gratidão, um dia foi ter com ele para lhe oferecer um valioso presente. Teve dificuldade na escolha, pois o Sábio era um homem de grande simplicidade de vida. O rei acabou por escolher umas tesouras.
O rei inclinou-se diante dele, saudou-o gentilmente e entregou-lhe uma misteriosa caixa. O Sábio, ao abri-la, viu o que estava dentro: umas tesouras, em ouro, incrustadas de diamantes.
O Sábio pegou nas tesouras, admirou-as e entregou-as ao rei dizendo:
- Obrigado pelo presente. O objecto é magnifico, mas não o utilizo. Não me servirá para nada. Dê-me antes uma agulha.
O rei disse:
- Não compreendo. Se precisa de uma agulha, também necessita de tesouras.
O Sábio respondeu:
- Não. As tesouras cortam e separam. Uma agulha, pelo contrário, une e junta. O meu ensinamento está baseado na união, no amor. Preciso de agulhas para reunir o que vive disperso.
O rei percebeu a lição e deu-lhe uma agulha como sinal da união que deveria existir entre todos os cidadãos do reino.
In TOMA E LÊ de Pedrosa Ferreira



INFORMAÇÕES


FESTA DE SANTO CRISTO NA CALDEIRA DE SANTO CRISTO


Para a preparação da festa do Santo Cristo, no Santuário da Caldeira de Santo Cristo, haverá Eucaristia e breve reflexão de 31 de Agosto a 5 de Setembro pelas 20 horas.
No dia 6 de Setembro haverá uma Eucaristia pelas 9 horas.
A Eucaristia de festa será às 11 horas seguida de arrematações e procissão no fim da qual será feita a reflexão ao ar livre como é costume.

FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM DO PORTAL


As arrematações e ofertas da festa renderam 974,00 €. Agradecemos a todos os que contribuíram com as suas ofertas e trabalho.


Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Bolletim395_30Agost.pdf

Agenda Pastoral

Destaque

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Pensamento da Semana

O PRESENTE QUE HÁ EM SI?



Havia um homem sábio naquela aldeia, que guardava o único poço de toda a região.
Um dia, um menino aproximou-se e perguntou:
- O que há lá dentro?
- Ali está Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está.
- Quero ver. Disse o menino desconfiado.
O homem pegou-o ao colo e ajudou-o a debruçar-se sobre a borda do poço.
Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu?
- Isso mesmo. Disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão.
- Agora já sabes onde Deus está escondido.
Autor desconhecido

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